na cor de framboesa,
no cheiro do azul,
na sede do verde,
no salivar que te anseia..
destroco os versos,
tropeço, não nego.
mas meu necessitar de querer-te
é maior do que eu mesmo.
pois não usaria a hipocrisia,
a de que poderia te amar
além do que fosse alcansável.
mas por você, sou hipócrita.
bebo o veneno do amor..
e me deleito em lágrimas.
anseio por uma dádiva!
mas que comédia, sou ateu!
mas por ti, acredito no feito glorioso.
me mistifico, purifico, me veto,
para que este corpo-alma, juntos,
possam ser seus, somente seus.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
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