terça-feira, 27 de outubro de 2009

na cor de framboesa,
no cheiro do azul,
na sede do verde,
no salivar que te anseia..
destroco os versos,
tropeço, não nego.
mas meu necessitar de querer-te
é maior do que eu mesmo.
pois não usaria a hipocrisia,
a de que poderia te amar
além do que fosse alcansável.
mas por você, sou hipócrita.
bebo o veneno do amor..
e me deleito em lágrimas.
anseio por uma dádiva!
mas que comédia, sou ateu!
mas por ti, acredito no feito glorioso.
me mistifico, purifico, me veto,
para que este corpo-alma, juntos,
possam ser seus, somente seus.